Quem somos

Homero Lotito

Homero Lotito em pé, olhando para câmera, entre rack com equipamentos e mesa de masterização.

Engenheiro de som do Reference, formou-se em piano erudito, trompa, contraponto e harmonia na Escola Municipal de Música de São Paulo.

Estudou composição musical e análise com o Prof. Hans-Joachim Koellreutter e arranjo com Nelson Ayres. Atuou como músico, produtor e arranjador para artistas das mais diversas tendências.

Em 1994 teve seu primeiro estúdio onde produziu trilhas para comerciais e institucionais e gravou os programas Sobrinhos do Ataíde (89FM) e Clube do Áudio, pioneira transmissão hi-end em FM (Rádio Nova).

Em 2000 abriu o Reference e já mixou e/ou masterizou mais de 15.000 músicas dos mais variados estilos: Jazz, Rock, Música Clássica, Rap, Funk,Pop,  Samba, o Erudito Contemporâneo e a Música Regional.

Conversar e trabalhar com um técnico que tem esta sólida formação musical e vasta experiência traz uma vantagem única: ele vai entender perfeitamente a estética e a sonoridade do seu trabalho.

Perguntas e respostas sobre masterização

Qual é a sua abordagem na masterização?

Eu não mudo a mixagem, não é essa a finalidade da masterização, eu procuro aumentar a definição dos instrumentos, vozes e sonoridade geral, de maneira a causar maior impacto e facilidade de comunicação com os ouvintes.

Qual a importância do engenheiro de masterização nesse processo?

Um ouvido imparcial! Ao final de uma produção musical é quase certo que as pessoas envolvidas “de tanto ver as árvores já começam a perder a visão da floresta”.  O engenheiro de masterização nunca ouviu aquele projeto antes, primeiro ele avalia o todo e só então define suas prioridades. Ele parte do geral para o particular.

Qual a importância da sala e monitores?

Essa é exatamente uma questão que vem sendo negligenciada de uns tempos pra cá. A sala e monitoração são as “joias da coroa” de um estúdio de masterização: não se pode julgar e modificar aquilo que não ouvimos de maneira correta. Somente numa sala com acústica e monitores precisos é que nos sentimos seguros.

Qual a importância dos equipamentos?

Os equipamentos usados na masterização são, via de regra, bastante diversos daqueles usados nos estúdios de gravação. São processadores de alta definição destinados específicamente à masterização.

Na sua experiência com masterização, quais são os problemas mais comuns encontrados nas mixagens?

o uniformidadealguns elementos “abafados” e outros excessivamente “brilhantes”.

Perda de “transientes” – esses sons transitórios de curtíssima duração são parte importantíssima na definição do timbre. A perda desses transientes prejudica sobremaneira a clareza dos instrumentos. O uso excessivo de limiters e compressores na mixagem são um dos pricipais responsáveis por esta perda.

Falta de definição nas frequências graves – quando o monitor e sala do estúdio de gravação/mixagem não é suficientemente calibrado para julgar essa faixa do espectro, isso pode resultar em desequilíbrio em relação às outras faixas de frequência. O uso inadequado da compressão também pode contribuir para um grave sem dinâmica e precisão, o famoso e indefinido “grave bolachudo”.

Perda de qualidade do sinal pelo excesso de processamento – o uso excessivo e inadequado de processadores na mixagem pode resultar numa perda considerável na qualidade da gravação original, essa riqueza uma vez perdida não tem mais volta.

Qual é o principal diferencial do Reference?

O principal diferencial do Reference é o acabamento de Áudio Hi-end. O termo High-End ou Hi-End é empregado para designar processos ou tecnologias de ponta. No Reference, nós usamos este termo para definir a sonoridade mais próxima do som original, ou seja, que nos passe a sensação de estarmos ouvindo ao vivo quando escutamos o que foi gravado, como se estivéssemos presentes no momento da gravação. 

Quais são as características que definem o áudio Hi-end?

Equilíbrio tonal – o perfeito balanço entre todas as frequências que compõem o espectro sonoro do programa musical.

Palco sonoro – a percepção da música e dos músicos no espaço tridimensional – o oposto do áudio “chapado” – como se todos os instrumentos e músicos estivessem alinhados “na boca” da caixa acústica.

Textura – maior detalhamento na sonoridade e inflexão dos diversos instrumentos, tornando possível que num uníssono perfeito, se possa distinguir com clareza as nuances de execução e timbre de cada instrumento, individualmente.

Dinâmica – a preservação das várias diferenças de intensidade sonora que compõem o discurso musical.

Transientes – adequada preservação dos sons transitórios (transientes) – sons com picos de amplitude acentuados e curtíssima duração, que são essencias na percepção do timbre e outras características da execução de um instrumento.

Transparência – característica do evento sonoro de se apresentar como real e convicente, como se o equipamento eletrônico não existisse: o som parece não vir das caixas acústicas.

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